As provocações para o duelo deste sábado, que será acompanhado em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM a partir das 15h (horário de Brasília), serão inevitáveis. Entretanto, caso algum integrante fuja dos limites, há um regulamento a ser cumprido.
- Há tensão porque alguns são de uma equipe e outros são do rival. Mas temos um estatuto, e o artigo três diz que devemos vestir as cores dos dois clubes ganhando ou perdendo - explicou Manuel Rodríguez, um dos fundadores, em entrevista por telefone.
Fundada pelo pai de Manuel, o comerciante Andrés Rodríguez, que é dono de um cyber café, a torcida ganhou fama internacional e virou tema de propaganda de uma empresa americana de refrigerantes. A ideia nasceu quando a Espanha sagrou-se campeã da Copa do Mundo de 2010.
- Estávamos vendo o Mundial, a Espanha venceu e comemoramos todos juntos, torcedores do Real e do Barça. Havia um clima de união e o projeto nasceu ali. Pensamos em promover a amizade e a harmonia, superando os valores negativos das rivalidades no futebol - afirmou.
Faltando quatro rodadas para o fim do Campeonato Espanhol, uma vitória no clássico poderá dar o título à equipe merengue, enquanto um triunfo dos catalães os deixará a um ponto do rival. Os números não são importantes para a torcida. O "terceiro tempo" estará garantido aconteça o que acontecer.
- Definimos o terceiro tempo como um ponto de vista. Gostamos de discutir sobre polêmicas como pênaltis, impedimentos... falaremos sobre o jogo, comeremos e beberemos juntos e ninguém vai deixar a festa por causa do resultado - acrescentou Manuel.
Os torcedores esperam que o exemplo seja seguido pelas pessoas que simpatizam com a ideia, e os resultados já começam a ser vistos.
- Queremos que as pessoas se interessem e compartilhem nosso sentimento. Na internet, vimos o que todos pensam e dizem que estão orgulhosos, que somos um exemplo de dignidade e respeito. Somos uma torcida humilde com sentimentos muito grandes - filosofou.
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