Diferentemente da maioria, Vitor Belfortnunca escondeu que é a favor da ideia de amigos lutarem entre si. A polêmica antes do duelo com Anderson Silva, no início do ano passado, foi gerada exatamente por conta disso: os dois já haviam treinado juntos, mas apenas Vitor queria que o combate fosse realizado. Eles acabaram se enfrentando, e o Spider nocauteou o compatriota para defender o cinturão peso-médio do UFC. NoThe Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões, onde é um dos técnicos, Belfort foi alvo de críticas por ter promovido a luta entre os amigos Rony Jason e Anistávio Gasparzinho nas quartas de final. Os dois pesos-pena se mostraram bem chateados, e Wanderlei Silva, treinador da equipe rival, o chamou de "sem coração" e "sem amigos" ao criticar o encontro prematuro, que para ele só seria cabível se ocorresse em uma final. Vitor defendeu seu pensamento e chamou de "hipocrisia" a ideia do futuro oponente.
- Eu acho que, se não é para lutar, não é uma competição. Esse negócio de não poder lutar na primeira luta, na segunda, é hipocrisia. Se não é para lutar, não tem que lutar. Agora, se vai lutar, se vai ser na primeira, na segunda... Esse é o esporte. É óbvio que tem gente que não gosta. Eles (Jason e Gasparzinho) são amigos, mas não treinavam juntos há quase dois anos. É difícil. Se uma pessoa não pode lutar contra a outra, então não é esporte. Essa é a beleza. Imagina se o Giba passa a não querer jogar contra algum time porque tem amigo dele lá. Se começar com negócio de que amigos não lutam, vai virar uma coisa pessoal. Eu vou lutar contra ele porque é o meu trabalho. E não mudou nada. A amizade dos caras continua a mesma coisa. Até acho que está mais forte - disse, por telefone, em entrevista aoGLOBOESPORTE.COM.
Em relação às constantes provocações por parte de Wanderlei, Belfort foi mais contido. Quase todos os episódios do reality show, que vai ao ar todo domingo pela TV Globo, logo após o "Fantástico", mostraram o "Cachorro Louco" chamando o desafeto de "chato", em referência aos discursos dele. Eles vão se enfrentar pela segunda vez no dia 23 de junho, no Brasil, ainda sem local definido. Na primeira, em 1998, Vitor venceu por nocaute.
- Eu não estou nem aí para ele. Vou encontrá-lo no dia 23 de junho. Lá a gente vai competir. Enquanto isso, eu faço o meu e ele faz o dele - afirmou.
No programa do último domingo, o time verde, de Vitor Belfort, abriu 5 a 0 com a vitória de Hugo Wolverine sobre Marcus Vina, do time azul. Antes, Godofredo Pepey, Daniel Sarafian, Rodrigo Damm e Cezar Mutante já haviam vencido. De acordo com o técnico, a fórmula do sucesso é bem mais simples do que imagina:
- Eu e meus treinadores aderimos ao seguinte: vamos escolher quem da equipe está melhor preparado para lutar na semana. Esse é o segredo do meu time. Eu não estou ali para agradar a alguém. Estou ali para competir contra uma equipe, e eu tinha que fazer com que a minha equipe tivesse mais sucesso. Nada pessoal. É tudo profissional. A minha ideia era passar isso para eles, e quem estiver melhor preparado vai lutar. Com isso estamos mostrando resultado. A gente escolhe quem está preparado na semana.
- Não sei se é isso. Conta muito também o espírito da equipe. O pessoal está unido, motivado. Da outra equipe não sei o que faltou, é dificil falar, não participei de lá. Eles fizeram um bom trabalho, mas a gente está ganhando, pois o nosso foi bom também.Esse ótimo retrospecto até agora, então, se deve ao fato de Vitor estar com a vantagem de escolher os confrontos desde o início do programa, certo? Não é bem assim, de acordo com o peso-médio do Ultimate:
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